Olá, gente! "Tô na área" mais uma vez!
Há algum tempo, recebi uma mensagem pelo Twitter de um amigo, que dizia: "Já toquei em todos os palcos que eu gostaria, mas nada é como tocar na Missa". Fiquei feliz em ler isso, principalmente porque veio de um grande amigo. Refleti sobre essa frase e resolvi escrever sobre o assunto. Para isso precisamos entender um pouco o que é a Santa Missa.
Há algum tempo, recebi uma mensagem pelo Twitter de um amigo, que dizia: "Já toquei em todos os palcos que eu gostaria, mas nada é como tocar na Missa". Fiquei feliz em ler isso, principalmente porque veio de um grande amigo. Refleti sobre essa frase e resolvi escrever sobre o assunto. Para isso precisamos entender um pouco o que é a Santa Missa.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), n. 1323, Santa Missa é: "O nosso Salvador Instituiu na Última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício Eucarístico do seu Corpo e Sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até voltar, o Sacrifício da Cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua Morte e Ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura". E continua: " [...] ela é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos pecados na cruz. Tal Sacrifício se torna presente na Santa Missa no momento em que o pão e vinho se tornam verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor. (CIC, 1373-1381). O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja, sem sofrimento nem derramamento de sangue), pois não se repete, ou seja, é o mesmo e único Sacrifício do Calvário, porém, torna-se verdadeiramente presente na Santa Missa para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que "o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício" (CIC, 1367).
Olhando para a seriedade da Celebração Eucarística, reviver o sacrifício de Cristo, que é a nossa redenção, não é qualquer coisa, nem deve ser vivido de qualquer maneira, por isso nós como músicos não podemos tocar na Missa de qualquer jeito. Quando nos preparamos para um show, existe ensaio, as músicas são quase que perfeitas na sua execução, e quando vamos tocar na Santa Missa, geralmente trazemos em nós o erro de dizer: "É só uma Missa", ou pior ainda: "Deus aceita". De fato, Deus aceita mesmo, não despreza nada que façamos para Ele. Mas sabendo que a Eucaristia é de suma importância na nossa fé e vivência cristã, por que também não fazemos da música da Santa Missa a mais bela de todas ou de todos os shows que já fizemos.
A música tem íntima ligação com a liturgia, dela depende e a ela serve. Tomando por base essa frase, percebemos que não estamos simplesmente tocando na Santa Missa, mas estamos prestando um serviço a Deus e à sagrada liturgia. Para isso é preciso ter a postura e a dedicação necessárias.
De forma simples, quero comentar sobre isso. A Santa Missa não é um show, mas devemos prepará-la, pensar nela. Devemos nos dedicar à escolha dos cantos litúrgicos respeitando o que a liturgia nos pede no dia. Por mais que tenhamos [músicos] posição de destaque na Celebração Eucarística, não estamos lá simplesmente para exibir nosso talento, chamando a atenção para nós. A música bem executada sempre chama a atenção, é natural querermos saber quem está tocando, cantando, entre outros, mas nossa postura deve ser a postura de quem está ali a serviço.
É preciso levar o povo a cantar; a função do animador aqui é essencial, mas também é importante observar o que se vai cantar. Músicas de difícil assimilação devem ser ensaiadas antes da Santa Missa, ou recorrer ao auxílio da letra (folhetos, projeções, etc.).
É preciso respeitar, na Santa Missa, o tempo litúrgico, as orações e tudo o mais. Nada na Santa Celebração é por acaso ou foi colocado ali por mera vontade de alguém. É importante estar em sintonia com o sacerdote que vai presidi-la.
Quero dizer com tudo isso: atenção nas escolhas das músicas. É interessante observarmos três pontos:
- Dedicação e postura do músico, a música executada com perfeição.
- Observação das diretrizes da Igreja sobre a música na liturgia.
- Unção na execução da música, que se dá pela vida de oração do músico.
Se, ao tocarmos na Celebração Eucarística, observarmos essas três dicas, vamos nos harmonizar com a celebração litúrgica, dando-lhe o devido respeito que merece.
Ser "músico de Missa" é algo extraordinário, é chamado de Deus, preste atenção no seu ministério!
Continuo na luta, acreditando sempre que posso ser melhor em Deus.
Postado por Andre W. Florencio - Missionário da Comunidade Canção Nova
Fonte: cancaonova.com
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